Exames Complementares

Ácido Hipúrico - De 3 a 10 dias úteis

Preparo: Colher 50 ml de urina no final da jornada de trabalho (ou conforme orientação médica).

Interpretação: Indicador biológico de exposição ao tolueno. O ácido hipúrico e o ácido metil hipúrico são os principais metabólitos do tolueno e xileno, respectivamente. Processos de exposição ocupacional a estes solventes orgânicos podem ser monitorados pelo seguimento da excreção destes compostos na urina. Embora o ácido hipúrico seja marcador de exposição ao tolueno, outros compostos como o estireno, o etilbenzeno e mesmo alguns conservantes alimentares podem estar associados ao aumento de seus níveis urinários. Como é prontamente excretado na urina, os níveis séricos de ácido hipúrico podem ser utilizados como bons marcadores de função renal. A dosagem de ácido hipúrico e metil hipúrico é realizada por cromatografia líquida de alta pressão (HPLC), em amostra urinária de fim de turno de trabalho após, pelo menos, dois dias de trabalho consecutivos, conservada em refrigerador e enviada ao laboratório para análise. O tolueno e/ou o xileno podem ser encontrados na maioria dos solventes utilizados na indústria, especialmente em colas e combustíveis. Trabalhadores expostos a estas substâncias podem desenvolver sinais e sintomas compatíveis com intoxicação. Sua absorção pode ocorrer por inalação, ingestão ou absorção dérmica. Normalmente os sintomas desaparecem em alguns dias após o afastamento do indivíduo da fonte contaminante, especialmente nos casos de toxicidade aguda.

Ácido Úrico - De 3 a 10 dias úteis

Preparo: Jejum mínimo de 4 horas.

Interpretação: diagnóstico de gota, destruição celular excessiva, falha renal, uremia pré-renal, alguns defeitos metabólicos. Valores aumentados: em processos de aumento de síntese de nucleoproteínas, catabolismo, ou diminuição na excreção do ácido úrico renal; gota, insuficiência renal, doenças mieloproliferativas (leucemias, linfomas, mielomas, policitemia), psoríase, síndrome de Lesch-Nyhan, nefropatia por chumbo, doença de estoque do colágeno tipo I, infecções, hipotireoidismo, hipoparatireoidismo, hiperparatireoidismo, diabetes insipidus nefrogênica, acidose láctica e diabética, toxemia da gravidez, aumento de risco cardiovascular, risco de litíase renal. Valores diminuídos: síndrome da secreção inapropriada do hormônio diurético, deficiência da enzima xantina oxidase, síndrome de Fanconi, doença de Wilson, doenças neoplásicas causadoras de aumento de excreção renal, doença hepática severa, porfiria intermitente, diabetes idiopática e familiar. Interferentes: agentes quimioterapêuticos +, diuréticos +, etanol +, ácido nicotínico +, salicilatos (baixa dose +, alta dose -), teofilina +, purinas na dieta (rica +, pobre-), alopurinol -, alguns grupos étnicos possuem níveis mais altos (p. ex., filipinos +), sexo, idade, função renal, ácido ascórbico -, azatioprina, corticosteróides, furosemida, indometacina, levodopa, mercuriais, metotrexato, metildopa, fenitoína, prednisona, probenecid, vincristina, desnutrição +, stress +.

Audiometria - Na mesma hora

Preparo: Trazer exames anteriores relacionados à região a ser examinada. Quem trabalha em ambiente ruidoso, necessário 14 horas de repouso acústico. A presença de cera nos ouvidos pode prejudicar o exame ou impossibilitar sua execução.

Interpretação: diagnosticar problemas auditivos, que podem ser secundários a trauma auditivo ou a perda súbita ou progressiva da audição. Determinar a habilidade de distinguir tons ou volumes de diferentes sons, assim como a vibração dos diapasões, quando o som é transmitido através do osso, ou através do ar. Uma comparação, entre estes dois tipos de condução, pode ajudar a determinar, que parte do mecanismo do ouvido, é a responsável pela perda auditiva. A análise da prova de percepção das palavras, uma repetição correta de 85% ou mais das palavras ditas pelo examinador, indica um diagnóstico normal.

Acuidade Visual - Até 1 dia útil

Preparo: Não há preparo para este exame. Caso o paciente faça uso de lentes corretivas ou óculos de grau, é necessário leva-los.

Interpretação: é o grau de aptidão do olho, para discriminar os detalhes espaciais, ou seja, a capacidade de perceber a forma e o contorno dos objetos. Essa capacidade discriminatória é atributos dos cones (células fotossensíveis da retina), que são responsáveis pela Acuidade Visual, central, que compreende a visão de forma e a visão de cores. Se os óculos tradicionais, lentes de contacto, ou implantes de lentes intra-oculares não lhe oferecem uma visão nítida, pode dizer que a sua acuidade visual, ou nível de visão é baixo. Não confunda esta condição com cegueira. As pessoas com baixas acuidades visuais ainda têm uma visão útil, que muitas vezes é melhorada com medidas adequadas. Os tipos mais comuns são a redução da visão central, e da visão para a leitura. A baixa acuidade visual também pode resultar de um decréscimo da visão periférica, da perda da visão das cores, da incapacidade ou perda de aptidão do olho para se ajustar à luz, contraste, ou brilho.

Avaliação Oftalmológica - Na mesma hora

Preparo: Não há preparo para este exame. Caso o paciente faça uso de lentes corretivas ou óculos de grau, é necessário leva-los.

Bilirrubinas - De 2 a 3 dias úteis

Preparo: Jejum mínimo de 4 horas. Em lactentes, realizar a coleta antes da próxima mamada.

Interpretação: investigação e monitoramento de doenças e condições hepatobiliares e hemolíticas. A bilirrubina total compreende a fração conjugada, não conjugada e delta. A bilirrubina direta compreende a fração delta e conjugada, enquanto que a bilirrubina indireta compreende a fração não conjugada. Altos níveis de bilirrubina total e direta podem ser vistos em doença hepatocelular e biliar (intra ou extra-hepática). Bilirrubina indireta elevada pode ocorrer em casos onde a taxa de produção de bilirrubina excede a taxa de conjugação, especialmente em casos de hemólise ou anemia megaloblástica, além de síndrome de Gilbert. Neonatos exibem icterícia fisiológica com bilirrubina indireta. Várias substâncias medicamentosas são associadas com aumento de bilirrubina, e mais raramente, diminuição espúria. Pele amarelada (ictérica) com níveis normais de bilirrubina pode estar associada a hipercarotenemia.

Carboxihemoglobina - De 4 a 7 dias úteis

Preparo: Não é necessário preparo prévio.

Interpretação: avaliação da possível exposição e/ou envenenamento pelo monóxido de carbono; diagnóstico diferencial de cefaléia, náusea, vômito, vertigem, coma, etc; avaliação da exposição ocupacional; avaliação da exposição ao monóxido de carbono em acidentes (incêndios, por exemplo). O monóxido de carbono é uma substância tóxica derivada da combustão de materiais orgânicos, entre outros. A exposição a este gás pode ocorrer de várias formas, como em ambientes fechados com tabagistas, motores, trânsito, incêndios, etc. A intoxicação por monóxido de carbono pode ser uma ameaça imediata à vida, e algumas vezes é necessário excluir a aspiração de fumaça na marcha de atendimento clínico a um doente grave. Em uma situação de envenenamento por monóxido de carbono, os níveis de carboxihemoglobina permitem o estabelecimento de prognóstico clínico: entre 10-20%, cefaléia e dispnéia; acima de 20%: confusão e irritabilidade; acima de 50%:inconsciência; acima de 70%: risco imediato de vida. Sua toxicidade se relaciona mais à inibição da respiração mitocondrial do que à interferência com o transporte de oxigênio sanguíneo.

Colesterol LDL - 2 dias úteis

Preparo: Jejum entre 8 e 12 horas. Manter dieta habitual nos 5 dias anteriores a coleta. Não ingerir bebidas alcoólicas 72 horas anteriores a coleta. Não exercer atividades físicas rigorosas 24 horas anteriores a coleta.

Interpretação: avaliação de dislipidemias; avaliação de risco para doença coronariana. As lipoproteínas de baixa densidade (LDL - low density lipoproteins) são sintetizadas no fígado, sendo responsáveis pelo transporte do colesterol a partir do fígado para os tecidos periféricos. Valores aumentados: risco de doença cardíaca coronariana, hipercolesterolemia familiar, hiperlipidemia familiar combinada, diabetes mellitus, hipotireoidismo, síndrome nefrótica, insuficiência renal crônica, dieta hiperlipídica, gravidez, mieloma múltiplo, porfiria, anorexia nervosa, uso de medicamentos (esteróides anabolizantes, beta-bloqueadores anti-hipertensivos, progestina, carbamazepina, entre outros). Valores diminuídos: doença crônica, abetalipoproteinemia, uso de estrogênios.

Colesterol Frações - 2 dias úteis

Preparo: Jejum entre 8 e 12 horas. Manter dieta habitual nos 5 dias anteriores a coleta. Não ingerir bebidas alcoólicas 72 horas anteriores a coleta. Não exercer atividades físicas rigorosas 24 horas anteriores a coleta.

Interpretação: avaliação de risco de desenvolvimento de doença cardíaca coronariana (DCC); diagnóstico e monitoramento de tratamento de estados hiperlipidêmicos primários ou secundários; avaliação da função hepática. O colesterol é uma espécie de álcool encontrado quase exclusivamente em animais. Quase todas as células e tecidos contêm alguma quantidade de colesterol, que é utilizado na fabricação e reparo de membranas celulares, síntese de moléculas vitais como hormônios e vitaminas. No organismo pode ocorrer a partir de ingestão ou metabolismo interno por transformação de outras moléculas. A regulação dos estoques corpóreos depende de mecanismos metabólicos e ingestão. No corpo, cerca de 70% do colesterol está imobilizado em pools teciduais na pele, tecido adiposo e células musculares, entre outros, e o restante forma um contingente móvel circulante no sangue, entre fígado e tecidos. Na circulação sanguínea, normalmente cerca de dois terços do colesterol está esterificado, ligado a lipoproteínas (HDL, LDL, IDL, VLDL), e um terço na forma livre. Os níveis séricos desejáveis de colesterol situam-se abaixo de 200 mg/dL. Níveis entre 200 e 239 mg/dL são considerados intermediários, e níveis acima de 240 mg/dL em mais de uma ocasião são considerados hipercolesterolêmicos. Pacientes cujas dosagens de colesterol resultam superiores a 200 mg/dL devem receber assistência no sentido de tentar reduzir seus níveis, reduzindo o risco de doença cardíaca coronariana futura. Contudo, é digno de nota que os níveis de colesterol, apesar de representarem fator de risco independente para o desenvolvimento de DCC, não são o único fator de risco descritos para a doença: sexo, idade, tabagismo, história familiar, níveis baixos de colesterol HDL, obesidade e diabetes mellitus são outros possíveis fatores de risco associados. Indivíduos com idade mais avançada devem ser avaliados com critérios mais flexíveis. Valores aumentados: hipercolesterolemia idiopática, hiperlipoproteinemias, estados obstrutivos biliares, doença de von Gierke, hipotireoidismo (fator importante, especialmente em mulheres de meia idade em diante), nefrose, doença pancreática, gravidez, uso de medicamentos (esteróides, hormônios, diuréticos, etc), jejum muito prolongado que induza cetose. Valores diminuídos: dano hepático, hipertireoidismo, desnutrição, doenças mieloproliferativas, anemias crônicas, terapia com cortisona ou ACTH, hipobetalipoproteinemia, abetalipoproteinemia, doença de Tangier, processos inflamatórios crônicos e medicamentos (alopurinol, tetraciclina, eritromicina, isoniazida, inibidores da MAO, androgênios, cloropropramida, climifeno, fenformin, clofibrato, azatioprina, kanamicina, neomicina, estrogênios orais, colestiramina, agentes hipocolesterolemiantes como lovastatinas, simvastatinas, pravastatinas, atorvastatinas e similares). Interferentes: o uso de certos medicamentos e drogas, bem como a ingestão de bebidas alcoólicas pode estar associado ao encontro de valores alterados de colesterol total sérico.

Colesterol Total - 2 dias úteis

Preparo: Jejum entre 8 e 12 horas. Manter dieta habitual nos 5 dias anteriores a coleta. Não ingerir bebidas alcoólicas 72 horas anteriores a coleta. Não exercer atividades físicas rigorosas 24 horas anteriores a coleta.

Interpretação: avaliação de risco de desenvolvimento de doença cardíaca coronariana (DCC); diagnóstico e monitoramento de tratamento de estados hiperlipidêmicos primários ou secundários; avaliação da função hepática. O colesterol é uma espécie de álcool encontrado quase exclusivamente em animais. Quase todas as células e tecidos contêm alguma quantidade de colesterol, que é utilizado na fabricação e reparo de membranas celulares, síntese de moléculas vitais como hormônios e vitaminas. No organismo pode ocorrer a partir de ingestão ou metabolismo interno por transformação de outras moléculas. A regulação dos estoques corpóreos depende de mecanismos metabólicos e ingestão. No corpo, cerca de 70% do colesterol está imobilizado em pools teciduais na pele, tecido adiposo e células musculares, entre outros, e o restante forma um contingente móvel circulante no sangue, entre fígado e tecidos. Na circulação sanguínea, normalmente cerca de dois terços do colesterol está esterificado, ligado a lipoproteínas (HDL, LDL, IDL, VLDL), e um terço na forma livre. Os níveis séricos desejáveis de colesterol situam-se abaixo de 200 mg/dL. Níveis entre 200 e 239 mg/dL são considerados intermediários, e níveis acima de 240 mg/dL em mais de uma ocasião são considerados hipercolesterolêmicos. Pacientes cujas dosagens de colesterol resultam superiores a 200 mg/dL devem receber assistência no sentido de tentar reduzir seus níveis, reduzindo o risco de doença cardíaca coronariana futura. Contudo, é digno de nota que os níveis de colesterol, apesar de representarem fator de risco independente para o desenvolvimento de DCC, não são o único fator de risco descritos para a doença: sexo, idade, tabagismo, história familiar, níveis baixos de colesterol HDL, obesidade e diabetes mellitus são outros possíveis fatores de risco associados. Indivíduos com idade mais avançada devem ser avaliados com critérios mais flexíveis. Valores aumentados: hipercolesterolemia idiopática, hiperlipoproteinemias, estados obstrutivos biliares, doença de von Gierke, hipotireoidismo (fator importante, especialmente em mulheres de meia idade em diante), nefrose, doença pancreática, gravidez, uso de medicamentos (esteróides, hormônios, diuréticos, etc), jejum muito prolongado que induza cetose. Valores diminuídos: dano hepático, hipertireoidismo, desnutrição, doenças mieloproliferativas, anemias crônicas, terapia com cortisona ou ACTH, hipobetalipoproteinemia, abetalipoproteinemia, doença de Tangier, processos inflamatórios crônicos e medicamentos (alopurinol, tetraciclina, eritromicina, isoniazida, inibidores da MAO, androgênios, cloropropramida, climifeno, fenformin, clofibrato, azatioprina, kanamicina, neomicina, estrogênios orais, colestiramina, agentes hipocolesterolemiantes como lovastatinas, simvastatinas, pravastatinas, atorvastatinas e similares). Interferentes: o uso de certos medicamentos e drogas, bem como a ingestão de bebidas alcoólicas pode estar associado ao encontro de valores alterados de colesterol total sérico. De modo ideal, a avaliação do colesterol total sérico deve ser realizada após pelo menos uma semana com dieta habitual mantida, sem o uso de bebidas alcoólicas ou exercícios.

Colesterol HDL - 2 dias úteis

Preparo: Jejum entre 8 e 12 horas. Manter dieta habitual nos 5 dias anteriores a coleta. Não ingerir bebidas alcoólicas 72 horas anteriores a coleta. Não exercer atividades físicas rigorosas 24 horas anteriores a coleta.

Interpretação: avaliação de risco cardíaco; diagnóstico e monitoramento de estados dislipidêmicos. Os HDL são as menores lipoproteínas encontradas no organismo humano. São sintetizados pelo fígado e intestino, sendo compostos por uma associação entre componentes lipídicos, fosfolipídicos e proteínas. As principais apoproteínas (fração protéica do HDL colesterol) são Apo-AI e Apo-AII, além de Apo-C e Apo-E. O HDL carrega cerca de 20-35% do colesterol plasmático total, sendo o responsável pelo transporte reverso do colesterol (dos tecidos ao fígado). Conhecido como "bom colesterol", é desejável que seus níveis sejam o mais elevados possíveis. Níveis reduzidos de HDL estão relacionados a um maior risco de desenvolvimento de doença cardíaca coronariana, como fator de risco independente, pois se associam fisiologicamente a uma menor deposição de lipídeos em placa ateromatosa. Assim valores de 55 mg/dL para homens e 45 mg/dL para mulheres são considerados ponto de corte para risco cardíaco: abaixo deste ponto há um risco estatístico crescente inversamente proporcional aos níveis, e acima, da mesma forma, há uma condição "protetiva" para doença cardíaca. Valores aumentados: manutenção periódica de exercícios físicos, uso moderado de álcool (em especial vinho e substâncias contendo antioxidantes), tratamento de insulina, terapia de reposição hormonal em mulheres, dislipidemias (hiperalfalipoproteinemia familiar, hipobetalipoproteinemia familiar), uso de certos medicamentos (lovastatina, simvastatina, pravastatina, atorvastatina e similares, etc). Valores diminuídos: stress, obesidade, sedentarismo, história familiar, tabagismo, diabetes mellitus, hipo e hipertireoidismo, doença hepática, nefrose, uremia, doenças crônicas e mieloproliferativas, dislipidemias (hipertrigliceridemia familiar, hipoalfalipoproteinemia familiar), doença de Tangier homozigota, deficiência familiar de LCAT, deficiência familiar de HDL e apolipoproteínas associadas, uso de certos medicamentos (esteróides, diuréticos tiazídicos, bloqueadores beta-adrenérgicos, probucol, neomicina, fenotiazinas, etc).

Coprocultura - De 2 a 4 dias úteis

Preparo: Evacuar em recipiente bem limpo e seco. É absolutamente contra-indicada a coleta de material na água do vaso sanitário, mas admite-se recolher as fezes sobre fralda descartável nova. A coleta pode ser feita em qualquer evacuação do dia, procurando-se porções que contenham muco, pus ou sangue. Transferir algumas colheres do material para o frasco fornecido pelo laboratório. Evitar o uso de antiácido e de contraste oral (usado em exames radiológicos) no mínimo 72 horas antes da coleta. Manter a dieta habitual.

Interpretação: Usado para diagnóstico de processos infecciosos de trato gastrointestinal por bactérias enteropatogênicas. Os quadros infecciosos do trato gastrointestinal podem ser causados por uma variedade de microorganismos virais, bacterianos, parasitários e fúngicos, e o quadro clínico associado é relativamente amplo. De todo modo, diarréia (crônica ou aguda), febre e vômitos parecem ser os mais freqüentes. Do ponto de vista clínico e epidemiológico, é possível levantar suspeitas mais ou menos específicas que, quando incluem agentes bacterianos, podem ser confirmadas por coprocultura para bactérias fecais.

Creatinina - 2 dias úteis

Preparo: Jejum mínimo de 4 horas.

Interpretação: avaliação da função renal. A creatinina é produzida nas células a partir do catabolismo da creatina (componente de alto conteúdo energético). O processo se dá em grande parte nas células musculares. A creatinina é então liberada ao plasma para ser posteriormente filtrada nos glomérulos e excretada na urina. Pequenas quantidades de creatinina são secretadas no túbulo proximal, e quantidades mínimas são reabsorvidas nos túbulos renais distais. O equilíbrio entre a produção de creatinina, a massa muscular do indivíduo e a função renal, determina as concentrações plasmáticas da creatinina sérica. Geralmente, a massa muscular e as produções de creatina e creatinina tendem a ser mais estáveis, fazendo desta determinação um bom indicador da função renal. Valores aumentados: diminuição da função renal (é necessária a perda da função renal em pelo menos 50% para que ocorra elevação dos níveis de creatinina), obstrução do trato urinário, diminuição do aporte sanguíneo renal, desidratação e choque, intoxicação com metanol, doenças musculares (rabdomiólise, gigantismo, acromegalia, etc.). Valores diminuídos: massa muscular diminuída, debilitação, gravidez. Interferentes: consumo de carne torrada em grandes quantidades, exercícios físicos intensos não habituais, uso de medicamentos nefrotóxicos ou que alterem a excreção da creatinina no nível glomerular (cefalosporinas, cimetidina, trimetropim, digoxina, aminoglicosídeos, ácido ascórbico, hidantoína, etc.).

Eletrocardiograma - De 1 a 4 dias úteis

Preparo: Não há preparo para este exame.

Interpretação: um exame complementar importante para a interpretação do ritmo cardíaco e para a detecção de isquemia do coração. O eletrocardiograma é também de grande valor na avaliação de outros tipos de anormalidades cardíacas, incluindo doenças das válvulas cardíacas, cardiomiopatia, pericardite e sequelas cardíacas da hipertensão arterial.

Eletroencefalograma - De 2 a 5 dias úteis

Preparo: Na véspera do exame lavar a cabeça com sabão de coco ou sabonete infantil ou sabonete glicerinado ou sabonete neutro. Não usar creme, condicionador ou qualquer outro produto gorduroso. Comparecer com os cabelos limpos e secos, não estar em jejum e trazer uma toalha de rosto.

Interpretação: um exame que analisa a atividade elétrica cerebral espontânea, captada através da utilização de eletrodos colocados sobre o couro cabeludo. Como a atividade elétrica espontânea está presente desde o nascimento, o EEG pode ser útil em todas as idades, desde recém-nascidos até pacientes idosos tendo como objetivo obter registro da atividade elétrica cerebral para o diagnóstico de eventuais anormalidades dessa atividade. É indicado para suspeitas de alterações da atividade elétrica cerebral e dos ritmos cerebrais fisiológicos, epilepsia ou suspeita clínica dessa doença, acientes com alteração da consciência ou ainda avaliação diagnóstica de pacientes com outras doenças neurológicas (ex: infecciosas, degenerativas) e psiquiátricas.

Espirometria - Até 2 dias úteis

Preparo: Não realizar o exame se apresentou infecção respiratória nas últimas 03 semanas (gripe, resfriado, crise de bronquite ou pneumonia). Não usar no dia do exame, broncodilatadores de curta duração: Berotec, Aerolin, Atrovent, Clenil Compositum, Salbutamol, Bricanyl, Franol, inalações, etc.. Não usar, broncodilatadores de ação prolongadas nas 24 horas que antecedem o exame, (Alenia, Serevent, Seretide, Foradil, Teolong, Talofilina, Spiriva, Foraseq etc.). (não interromper tratamento sem orientação médica). Não é necessário jejum. Não tomar chá e café nas 06 horas que antecedem o exame. Não ingerir bebidas alcoólicas ou fumar no dia do exame. Manter dieta leve no dia do exame. Repousar por 10 minutos antes do exame.

Interpretação: exame utilizado como ferramenta na avaliação diagnóstica de sintomas respiratórios gerais ou limitação aos esforços, na avaliação longitudinal dos pacientes, na classificação da gravidade e mesmo como índice prognóstico de diversas doenças respiratórias restritivas ou construtivas, além de fazer parte do manejo pré-operatório e avaliação de capacidade ocupacional. A espirometria mede o volume e os fluxos aéreos derivados de manobras inspiratórias e expiratórias máximas forçadas ou lentas.

Fosfatase - 2 dias úteis

Preparo: Jejum mínimo de 4 horas. Necessário apresentar as seguintes condições: Evitar relações sexuais ou ejaculações 48 horas (2 dias) antes da coleta. Não realizar exercícios em bicicletas ou equitação 48 horas (2 dias) antes da coleta. Não utilizar motocicletas 48 horas (2 dias) antes da coleta. Após exame de toque retal, sondagem uretral ou uso de supositórios, aguardar 4 dias. Após exame de ultrassom transretal, aguardar 7 dias. Após exame de colonoscopia ou retossigmoidoscopia, aguardar 15 dias. Após exame de biópsia de próstata ou massagem prostática, aguardar 30 dias. Após exame de cistoscopia, aguardar 5 dias. Após estudo urodinâmico, aguardar 21 dias.

Interpretação: diagnóstico diferencial de hepatopatias e icterícias obstrutivas; diagnóstico de doenças ósseas; diagnóstico do metabolismo mineral. A fosfatase alcalina é uma enzima da família das zinco-metaloproteínas e tem como função retirar um fosfato terminal de um éster fosfatado orgânico. Esta enzima funciona otimamente em um ambiente alcalino. Possui cinco isoenzimas (óssea, hepática, intestinal, placentária e Regan), que aumentam durante os períodos de crescimento, doença hepática e obstrução do ducto biliar. A atividade intestinal ocorre somente em indivíduos de grupo sanguíneo tipo O ou A. Ocorrem aumentos fisiológicos no crescimento e na gravidez. Valores aumentados: crescimento ósseo, cicatrização de fraturas, acromegalia, sarcoma osteogênico, metástases hepáticas ou ósseas, leucemia, mielofibroses, raquitismo ou osteomalacia, hipervitaminose D, Doença de Paget, hipertireoidismo, hiperparatireoidismo, pseudo-hiperparatireoidismo, ingestão crônica de álcool, obstrução biliar, cirrose, síndrome de Gilbert, hepatites, diabetes mellitus, citomegalovirose, câncer gástrico, câncer do cólon, câncer de fígado, câncer do pâncreas, câncer de pulmão, câncer ósseo, câncer de mama, pneumonias virais, abscessos hepáticos, colecistites, colangites, obstrução biliar extra-hepática. Valores diminuídos: doença de Whipple, hipotireoidismo, doença de Zollinger-Ellison, desnutrição protéica, deficiência de vitamina C, osteodistrofia renal.

Gama GT - 2 dias úteis

Preparo: Jejum mínimo de 4 horas. Não realizar biópsia hepática 5 dias anteriores a coleta.

Interpretação: diagnóstico de doenças obstrutivas hepáticas (especialmente nos casos onde a fosfatase alcalina está basalmente elevada nos idosos, crianças, gestantes e acometidos por patologias ósseas, por exemplo); marcador auxiliar de alcoolismo crônico. A gama glutamil transferase (gama GT) é uma enzima envolvida na transferência de um resíduo gama glutamil de alguns peptídeos para outros compostos (água, aminoácidos e outros peptídeos menores). Fisiologicamente, está envolvida na síntese protéica e peptídica, regulação dos níveis teciduais de glutation e transporte de aminoácidos entre membranas. É encontrada em vários tecidos: rins, cérebro, pâncreas e fígado (quase a totalidade da gama GT corpórea está presente nos hepatócitos). No fígado, esta enzima está localizada nos canalículos das células hepáticas e particularmente nas células epiteliais dos ductos biliares. Devido a esta localização característica, a enzima aparece elevada em quase todas as desordens hepatobiliares, sendo um dos testes mais sensíveis no diagnóstico destas condições. Nas células do parênquima hepático, a enzima é localizada tipicamente no retículo endoplasmático liso, estando sujeita a indução microssomal hepática e fazendo dela um marcador sensível a agressões hepáticas induzidas por medicamentos e álcool. Devido aos efeitos do consumo de álcool nos níveis de gama GT, aceita-se este como um marcador sensível de alcoolismo crônico (embora não seja um marcador específico), especialmente quando seus aumentos não são acompanhados de aumentos similares de outras enzimas hepáticas. Portanto, sua determinação parece mais efetiva no monitoramento do tratamento de indivíduos já diagnosticados. Os níveis de gama GT usualmente retornam ao normal após 15-20 dias da cessação da ingestão alcoólica, podendo elevar-se em curto prazo se a ingestão alcoólica é retomada. Valores aumentados: doenças hepáticas em geral (hepatites agudas e crônicas, carcinomas, cirrose, colestase, metástases etc.), pancreatites, infarto agudo do miocárdio, lupus eritematoso sistêmico, obesidade patológica, hipertireoidismo, estados pós-operatórios, carcinoma de próstata, uso de medicamentos hepatotóxicos ou capazes de ativar indução enzimática (barbituratos, fenitoína, antidepressivos tricíclicos, acetaminofen).

Glicemia

Prazo: De 2 a 4 dias úteis
Preparo: Jejum entre 8 e 12 horas. Manter dieta habitual nos 5 dias anteriores à coleta. Não ingerir bebidas alcoólicas 72 horas antes. Não realizar atividades físicas rigorosas 24 horas antes.
Interpretação: Diagnóstico e acompanhamento de diabetes mellitus e condições hiperglicêmicas ou hipoglicêmicas. A glicose é a principal fonte de energia, especialmente para o tecido nervoso.

Hemograma Completo

Prazo: De 2 a 4 dias úteis
Preparo: Jejum mínimo de 3 horas.
Interpretação: Avaliação geral da saúde e diagnóstico de anemias, infecções, leucemias, entre outros. Analisa eritrócitos, leucócitos e plaquetas.

Micológico de Unha

Prazo: De 4 a 5 dias úteis
Preparo: Não usar antifúngicos tópicos ou sistêmicos por 15 dias. Evitar lavar a área no dia da coleta. Mulheres sem esmalte.
Interpretação: Confirma infecção fúngica. Pode identificar o gênero e espécie do fungo. O antifungigrama avalia resistência quando necessário.

Paraminofenol

Prazo: De 4 a 20 dias úteis
Preparo: Colher 50 ml de urina no final da jornada de trabalho.
Interpretação: Metabólito da anilina. Monitoramento biológico de trabalhadores expostos à substância. Valores elevados indicam risco de toxicidade.

PPF (Parasitológico de Fezes)

Prazo: De 2 a 4 dias úteis
Preparo: Coletar fezes em frasco com conservante. Não usar antiparasitários, antidiarreicos ou laxantes oleosos antes da coleta.
Interpretação: Diagnóstico de verminoses por protozoários ou helmintos.

PSA

Prazo: De 2 a 7 dias úteis
Preparo: Jejum de 4 horas. Evitar ejaculação, exercícios com impacto na região pélvica, uso de moto e exames prostáticos antes da coleta.
Interpretação: Avaliação da saúde da próstata.

Raio X Tórax PA

Prazo: De 2 a 7 dias úteis
Preparo: Contraindicado para gestantes. Confirmar ausência de gravidez.
Interpretação: Avaliação do coração, grandes vasos, traqueia e pulmões.

Raio X Tórax PA e Perfil

Prazo: De 2 a 7 dias úteis
Preparo: Mesmos cuidados do raio X PA.
Interpretação: Avaliação combinada do tórax para doenças cardíacas e pulmonares.

Raio X Coluna Cervical

Prazo: De 2 a 7 dias úteis
Preparo: Contraindicado para gestantes. Confirmar ausência de gravidez.
Interpretação: Avalia vértebras cervicais, traqueia, epiglote, estruturas adjacentes.

Raio X Coluna Lombo Sacra

Prazo: De 2 a 7 dias úteis
Preparo: Contraindicado para gestantes. Preparação especial com medicações laxativas pode ser necessária.
Interpretação: Avaliação de lesões, osteoporose, eficácia de tratamento na região lombossacra.

Reticulócitos

Prazo: De 2 a 3 dias úteis
Preparo: Jejum mínimo de 3 horas.
Interpretação: Verifica a resposta da medula óssea na produção de hemácias. Auxilia na investigação de anemias.

Teste Ergométrico

Prazo: Até 1 dia útil
Preparo: Não estar em jejum. Evitar estimulantes e esforço físico antes. Trazer roupas esportivas.
Interpretação: Avalia a capacidade física e detecta problemas cardíacos e respiratórios durante esforço.

TGO

Prazo: De 2 a 4 dias úteis
Preparo: Jejum mínimo de 4 horas.
Interpretação: Avaliação da função hepática, cardíaca e muscular.

TGP

Prazo: De 2 a 4 dias úteis
Preparo: Jejum mínimo de 4 horas.
Interpretação: Avaliação mais específica da função hepática. Indicada para detectar hepatites e lesões hepáticas.

Triglicerídeos

Prazo: 2 dias úteis
Preparo: Jejum entre 8 e 12 horas. Manter dieta habitual. Evitar álcool 72h antes e exercícios 24h antes.
Interpretação: Mede níveis de gordura no sangue, importante indicador de risco cardiovascular.

Uréia

Prazo: 2 dias úteis
Preparo: Jejum mínimo de 4 horas.
Interpretação: Avalia a função renal e o metabolismo de proteínas.

Urina I

Prazo: 2 dias úteis
Preparo: Higiene íntima. Não usar cremes vaginais 72h antes. Coletar jato médio da primeira urina da manhã ou após 2h sem urinar.
Interpretação: Exame simples para avaliação dos rins, trato urinário e alterações sistêmicas.

VDRL

Prazo: De 2 a 4 dias úteis
Preparo: Não há preparo.
Interpretação: Diagnóstico e acompanhamento da sífilis. Pode apresentar falso-positivos em algumas condições autoimunes.

 

Serviços Relacionados

Normas Regulamentadoras (NRs)

Normas Regulamentadoras (NRs)

NR01 – Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais Acesse a NR01 NR02 – REVOGADA Acesse a NR02 NR03 – Embargo e Interdição Acesse a...

Saiba mais
Saúde Ocupacional

Saúde Ocupacional

Saúde Ocupacional A Saúde Ocupacional ou Saúde do Trabalho tem como foco o cuidado dos hábitos e prevenção de doenças e...

Saiba mais
GRO / PGR

GRO / PGR

Gerenciamento de Riscos Ocupacionais – GRO + Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR O trabalho de Gestão dos Riscos Ocupacionais...

Saiba mais
WhatsApp 1
Compelli

Olá! Fale agora pelo WhatsApp